É perante este cenário que julgamos oportuno, no PUSD, relançar uma voz nacional, na linha de um contributo positivo (mas igualmente decisivo) para a renovação da política nacional. Discute-se nesta altura a oportunidade de uma revisão constitucional, que havia sido um dos três pilares da campanha eleitoral do PUSD em 2014. Os dois Partidos maioritários na Assembleia encontram-se desacreditados perante o povo. Ao contrário do momento de esperança que se viveu, recuperando o velho slogan Guiné Ranka (2009), na sequência da tomada de posse do Governo inclusivo saído das eleições, a situação inverteu-se e há hoje manifesta falta de confiança nos titulares dos órgãos de soberania. Ou seja, um grave problema de legitimidade.
O povo não votou nisto. E o povo é soberano. Há um grande sentimento de descrença. Se o povo fosse chamado a pronunciar-se hoje, o PAIGC (e, em menor escala, o PRS) seriam grandemente castigados. Sente-se palpitar uma grande vontade de mudança, continuamente contrariada pela falta de capacidade política para tal. O PUSD mantém a sua vocação de Partido de poder e pretende lançar um desafio de verdadeira inclusão, com a criação de uma Plataforma alternativa, reunindo numa aliança pré-eleitoral, os pequenos Partidos, de forma a varrer do cenário político esta herança política, amaldiçoada desde o assassinato de Cabral, uma mentalidade do poder pelo poder.
O Partido já teve um blog. Era o Pa Lantanda Nô Terra, que foi lançado para a campanha eleitoral de 2014, porque o PUSD não dispunha de quaisquer fundos (embora previstos na Lei Eleitoral). E de facto, serviu os seus intentos, potenciando os esforços que conseguimos realizar pelo país. A sua «breve apresentação» continua plenamente actual, ou seja, tudo continua na mesma:
«Quero deixar aqui umas palavras de apresentação do projeto que lidero. O PUSD já foi a terceira maior força política do país: nas eleições de 2004, tivemos cerca de 16,4% dos votos, 75 485 num total de 460 254, ou seja, um em cada seis votantes votaram no PUSD. Hoje, recomeçamos quase do zero, mas confiantes na enorme vontade de mudança do povo guineense: face ao descrédito e falta de unidade que parece caraterizar a atuação das duas principais formações políticas, minando a sua credibilidade, o meu objetivo é consolidar a posição do meu Partido, como terceira via, como alternativa consistente à desorganização e descalabro a que a governação destes Partidos conduziu o país.
Defendemos uma nova Assembleia Constituinte, legitimada pelas urnas. Nunca pactuámos com a desorganização institucional ou com desmandos constitucionais. Este é o momento da mudança, a oportunidade para uma alternativa credível! O PUSD não é um Partido de quadros à espera de arranjar emprego no Estado. É um Partido de cidadãs e cidadãos, cujo conceito de política não se reduz à ambição pessoal; pelo contrário, temos uma ambição coletiva, que é a construção de um verdadeiro Estado de Direito, que não nos envergonhe a toda a hora perante o mundo, que consolide as instituições, garanta a estabilidade e o desenvolvimento.
O PUSD não tem a pretensão de ser dono da verdade, nem de ter o exclusivo da boa vontade. O nosso projeto é de todos, é um projeto de inclusão política, não apenas em relação aos outros Partidos nossos concorrentes, mas em relação às várias forças vivas da nação, defendendo o seu empoderamento. Discutimos um acordo pré-eleitoral, entre várias formações políticas, em torno de consensos mínimos quanto a práticas governativas; infelizmente esse acordo não avançou. Mas renovamos o nosso desafio, mantendo-se o nosso Partido aberto ao diálogo com todas as formações políticas.»
Pode encontrar ligação para o referido blog na barra lateral à direita.
Este texto mostra a coerência do PUSD, face a outros actores políticos, que quiseram assimilar o exercício do cargo de Ministra, pela sua Presidente, como um gesto de bajulação e submissão acrítica; e depois, arrastar a sua pessoa para a lama de intrigas que em nada dignificam o nome da Guiné-Bissau.
Uma Comissão interna Ad-Hoc do PUSD, deverá entregar brevemente os resultados de uma sindicância aos procedimentos de alguns elementos do Partido, entretanto suspensos, acusados de conspiração com elementos da cúpula do PAIGC contra a unidade do Partido. Tudo parece apontar para a figura de traição à Presidente do PUSD, que pretendiam ver destituída. Configurando pois uma clara ingerência nos assuntos internos do PUSD.
E porque razão mostram tanto medo da representante de um pequeno Partido como o PUSD?
O Presidente do PAIGC expulsou recentemente sensibilidades internas por discordância. No PUSD, não se trata de qualquer sensibilidade ou opinião, que poderia ser discutida no seio do Partido. Trata-se da ideia, alimentada por altos dirigentes do PAIGC, de que o PUSD é um seu satélite, podendo por e dispor em relação à sua liderança. Talvez por lhes fazer sombra...
Entre reactivar o blog de campanha ou criar um novo, optámos pela segunda hipótese. O nome mantém-se, dispensando a segunda parte, para ficar ainda mais assertivo, ao jeito de grito de guerra: PA LANTANDA. Os fundos e as cores irão mudando, para não cansar a vista. Iremos aqui disponibilizando fotos e discursos, numa cronologia de um ano de governação da Presidente do Partido como Ministra da Justiça. Aqui partilharemos igualmente a evolução deste nosso grande projecto político, incluindo os workshops de formação a desenvolver em breve pela Juventude do Partido. Tentaremos manter uma prática regular de comentário aos factos políticos mais relevantes da actualidade. Não deixe de nos adicionar às suas fontes regulares de informação.
PA LANTANDA!
VIVA PUSD!
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